O caminho era úmido e sombrio. As árvores centenárias haviam crescido tão juntas que andar sob elas era o mesmo que atravessar um túnel. Os pés doíam. A mochila pesava às costas e a fome aumentava a cada passo. Mas era preciso prosseguir. Em breve encontraria um pouso seguro e quente.
As corujas começavam a despertar, era o indício de que a noite se aproximava. O túnel de árvores parecia não ter fim. Já perdera a noção de quanto tempo caminhara por ele. Apenas seguia. Quando a noite caiu de vez, um sentimento de temor invadiu seu espírito. Ficar ali seria a morte. Então juntou as últimas forças e apressou o passo.
Alguns quilômetros adiante, quando o peso do corpo era quase insuportável e a fome doía em seu estômago, um brilho prateado iluminou tudo a sua frente. Deve ser a saída, pensou, é a lua cheia a brilhar além de montes de árvores.
Mas ao chegar mais perto descobriu que não era a lua, tampouco o fim do caminho, ou seria?
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