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Nascemos sem imunidade e morremos cheios de resistências


Aniversário sempre é um bom momento para reflexão e essa frase me veio à mente nesse exato momento. Fiquei lembrando da fragilidade dos recém-nascidos. De como temos que protege-los das contaminações do nosso mundo frio e doente. 

Todos nascemos sem defesas, sem imunidade. Conforme vamos crescendo vamos ficando fortes, ou seja, resistentes. No começo faz sentido, é uma lei natural. É preciso sobreviver. Vacinas, leite materno, roupas adequadas a cada estação.

Mas enquanto crescemos vamos desenvolvendo outras formas de proteção. Que na verdade são muros que construímos ao nosso redor e nos isolam do outro. 

Há quem tenha muro de pedras, outro de aço. Mas há aqueles que se cercam de cercas de arame e outros que apenas demarcam seu espaço com apenas uma risca de giz.

Quantas vezes esquecemos que além do nosso seguro e intransponível muro há vida a descobrir?

Devemos sim, nos proteger do que faz mal, sem nos enclausurar em nossas falsas defesas. Sem esquecer que a felicidade é algo assim, meio plural, que se deve compartilhar. Aí chega uma idade em que é preciso refletir. Para que quando chegue a hora de partir não estejamos tão cheio de resistências que não consigamos nem olhar o outro. 

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