Pular para o conteúdo principal

Um gato de fé

Há quem não goste de gatos. Isabella acha que são pessoas sem imaginação, sem infância. Para ela, os gatos são as criaturas mágicas mais próximas dos homens. Ela conta que para ter um gato, é preciso ter fé. É preciso acreditar na magia que os bichanos trazem.

“Que outro animal de sete vidas?” Esse é um de seus argumentos favoritos em defesa de seus gatos. Ela jura que se comunica com eles por telepatia. Ou sei lá. Pode ser a expressão que facial deles.

Isabella sempre amou gatos e acha que são injustiçados. “Eles têm mais o que fazer do que babar e lamber os donos, como os cães. Aliás, gatos não têm donos. Eles são parte da família.”

Para mim, que vejo isso de longe, gatos são meio místicos, meio guardiões. São vários num mesmo. Ora discretos, ora escandalosos. Ora hostis, ora carinhosos. Talvez Isabella tenha mesmo razão. Quem tem fé, tem gato.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Recarreguem a ira

Em tempos de tecnologia sem fio, a ira é o resultado da falta de bateria nos equipamentos. Viciados em luzinhas, botões e acesso a sabe-se lá que tipo de conteúdo, perdem a cabeça quando a porcentagem cai para 10, 7, 5%. A incapacidade momentânea de espetar o celular, o computador ou a câmera parece durar uma eternidade. O que estão fazendo com o tempo? Para que tanto o que fazer na frente de uma máquina?  A vida é transportada tela a dentro e a vida real perde espaço. A falta de toque, de contato, de estar junto parece não causar agonia. A falta de energia, sim.

Texto sentido

Não importa o muito o sentido das coisas. Não importa perder o senso, a direção. Nada tem sentido quando nada se sente. Sentindo encontro o sentido do texto. Testando, fluindo, sendo. Mas acima de tudo em contínuo movimento.