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Estátua viva

Parada sobre um caixote branco, a jovem vestida de noiva esperava imóvel, por um contato visual. Chapéu sobre os pés a esperar migalhas de ferro. Aos que lhe jogavam moedas, oferecia uma flor de seu buquê e um intenso olhar de gratidão. Aos que recusam a flor, deixava um triste aceno no ar.

Queria se conectar com as pessoas. Ninguém entendia porque fazia isso, mas esse contato a enchia de energia. Através dele, a jovem artista aprendeu a pedir ajuda e a distribuir sorrisos. E quando se tornou celebridade, não foi amada à distância, mas sim de perto. De dentro do coração de seus fãs. Seu nome: Amanda Palmer.

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