Quando nos tornamos escravos do próprio desespero.
Quando dói tanto lá dentro que fica insuportável.
Quando punir a si próprio parece ser a única saída.
Quando há um quê de escuridão em tudo.
Só uma coisa a fazer.
Tentar arrancar a dor do peito a socos e pontapés, num autoflagelo.
Um suplício planejado e passional.
Que domina, que perde o controle, que suicida-se pouco a pouco.
Onde fica o amor nessa hora.
Sufocado.
Sugado pela areia movediça das frustrações.
A dor anestesia, mas não resolve.
Não cura a dor lá de dentro.
Não há o que fazer.
E atentar contra a própria vida não sacia
o desejo de não sofrer.
Ainda não há o que fazer.
Já é difícil pensar sobre isso.
Escrever… Reconhecer…
Me olhe, me veja, me entenda…
Sou egoísta, quero colo. Quero tudo.
Só quero e nada dou.
Sou orgulhoso. Quero tudo.
E não sei pedir. Sou louco.
Não sei como me libertar.
Me despedaço… Me despeço…
Comentários
Postar um comentário