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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Hoje

Hoje resolvi. Serei do contra. Contra tudo que incomoda, tudo o que faz mal. Vou celebrar o que há de belo. Falar de coisas boas, de coisas belas. Hoje resolvi olhar a vida com olhos de criança. Se tem sol… está calor, deixo girar a ciranda. Se tem cor, vou me pintar. Se há tempo, vou lá fora brincar.

Virtual em época de Carnaval

O que é o virtual? Gosto muito da definição de Pierre Levi. Para ele, virtual é algo irreal, mas com potencial para se tornar realidade. Como uma semente. A semente não é árvore, embora tenha potencial para se transformar em uma. As redes virtuais, digo, as redes sociais são projeções de uma vida potencial. Uma vida que não é real, mas que gostaríamos que fosse. Na timeline somos lindos e felizes. Bons conselheiros. Somos otimistas. Politicamente corretos. As redes virtuais, digo, sociais, são as máscaras perfeitas que colocamos sempre que sentamos em frente ao computador. É o carnaval moderno. Aquele que dura o ano todo, 24 horas por dia. A folia do milênio. Tudo bem. Como em todo o carnaval a folia termina na 4ª feira de cinzas. No caso, ela acontece toda vez que damos as costas para o computador e ficamos frente a frente com a realidade. Ela queima e nos deixa em cinzas. Quem sabe um dia pego o que estar delas e ressurjo como fênix?

Carta suicida

Quando nos tornamos escravos do próprio desespero. Quando dói tanto lá dentro que fica insuportável.  Quando punir a si próprio parece ser a única saída. Quando há um quê de escuridão em tudo.  Só uma coisa a fazer.  Tentar arrancar a dor do peito a socos e pontapés, num autoflagelo.  Um suplício planejado e passional.  Que domina, que perde o controle, que suicida-se pouco a pouco.  Onde fica o amor nessa hora. Sufocado.  Sugado pela areia movediça das frustrações. A dor anestesia, mas não resolve.  Não cura a dor lá de dentro.  Não há o que fazer.  E atentar contra a própria vida não sacia o desejo de não sofrer.  Ainda não há o que fazer.  Já é difícil pensar sobre isso.  Escrever… Reconhecer… Me olhe, me veja, me entenda…  Sou egoísta, quero colo. Quero tudo.  Só quero e nada dou.  Sou orgulhoso. Quero tudo.  E não sei pedir. Sou louco.  Não sei como me libertar.  Me despedaço… Me despeço…