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Mostrando postagens de outubro, 2012

Espelho

Eu que me julgava forte. Me julgava segura e dona de mim. Ao me olhar no espelho da vida. Ao finalmente erguer a fronte para o reflexo da minha própria história me vejo como realmente sou. Sou feminina. Sou meiga. Sou frágil. Ah… essa armadura de mulher segura e decidida que carreguei durante anos é um peso de deixo cair aos meus pés. Um peso que não se faz mais necessário.  Hoje me desnudarei das máscaras que se faziam os muros do meu passado. Hoje serei o que devo ser. Simples assim. Aceitarei no meu reflexo, minha fragilidade de pétala de flor. E me libertarei. Serei quem sou.

Nascemos sem imunidade e morremos cheios de resistências

Aniversário sempre é um bom momento para reflexão e essa frase me veio à mente nesse exato momento. Fiquei lembrando da fragilidade dos recém-nascidos. De como temos que protege-los das contaminações do nosso mundo frio e doente.  Todos nascemos sem defesas, sem imunidade. Conforme vamos crescendo vamos ficando fortes, ou seja, resistentes. No começo faz sentido, é uma lei natural. É preciso sobreviver. Vacinas, leite materno, roupas adequadas a cada estação. Mas enquanto crescemos vamos desenvolvendo outras formas de proteção. Que na verdade são muros que construímos ao nosso redor e nos isolam do outro.  Há quem tenha muro de pedras, outro de aço. Mas há aqueles que se cercam de cercas de arame e outros que apenas demarcam seu espaço com apenas uma risca de giz. Quantas vezes esquecemos que além do nosso seguro e intransponível muro há vida a descobrir? Devemos sim, nos proteger do que faz mal, sem nos enclausurar em nossas falsas defesas. Sem esquecer que a fel

Qual é o plano?

O plano é o seguinte. Sem essa de esperar pelo que pode ser. Quem espera sempre cansa. O plano é preparação. Buscar informações, analisar os dados, conhecer a história, fazer previsões. Meio que parece arte da guerra, mas é isso mesmo. Fazer planos é sonhar através da razão.

Pensando sobre os pensamentos

Me disseram uma vez que você é o que você pensa. Também me disseram que é preciso pensar sobre os próprios pensamentos. Para os psicólogos a palavra para isso é elaborar. Parece bobo pensar sobre o ato de pensar. Mas não é bem isso. A lógica desse exercício é pensar a respeito dos pensamentos que mais frequentemente nos visitam a mente. Positivos ou negativos? Bons ou maus? Sobre mim ou sobre os outros. Sobre questões filosóficas e humanas ou fofocas corriqueiras. São sábios, medíocres ou ignorantes? Elaborar é algo como se olhar no espelho. Um ato que vai refletir quem eu sou de verdade. É mais que tudo um ato de coragem. Ah… mas a mente é ardilosa, sempre encontra um meio de nos desviar, de autosabotar. Bem, tenho que lembrar que a mente não é algo à parte de mim. Minha mente sou eu. Assim como meu corpo sou eu. Se me desvio de meu exercício de elaborar, é porque quero me esconder. Não quero me ver frente a esse espelho. Seria essa armadilha da mente um complexo de Dorian Gray?