Músico profissional há mais de 20 anos, Carlos Leica orgulhava-se dos shows que havia feito, dos grandes hits que compusera e dos grandes intérpretes que deram vida a suas músicas.
Ultimamente Carlos andava ensaiando era a sua aposentaria. Trabalhava apenas por encomendas e, ainda assim, escolhia a dedo o que iria fazer. Estava se dando bem no ramo publicitário e já havia emplacado vários jingles de sucesso.
Seu mais recente trabalho, contudo, talvez fosse a encomenda mais difícil que recebeu em toda sua vida musical. Teria que compor uma canção em homenagem a uma criança que prestes a nascer. O bebê em questão era sua primeira neta.
A primogênita de sua filha única já tinha nome "Sophia Leica de Andrade". Carlos não sabia o que o incomodava mais, se o "ph" no nome da menina ou o "de Andrade" vindo do genro e incorporado ao nome da sua própria filha.
Há dias que tentava sem sucesso escrever algo para o bebê. Sua filha e sua esposa já estavam ficando impacientes.
Para Carlos, ainda era muito cedo para sua Narinha ser mãe. Claro, que já estava casada há alguns anos e era uma advogada renomada. Ele que sempre quis ver sua princesinha nos palcos, dividindo a cena… Uma pena, que talento desperdiçado, pensava ele.
E começou a se lembrar de quando faziam duetos juntos. Ele ao violão e ela nos vocais. Foi como assistir ao filme de sua própria vida. Carlos entrou numa espécie de transe. Viu sua linda bebê recém-nascida. Seus primeiros passos, as primeiras palavras, o primeiro tombo de bicicleta, o primeiro coração partido na adolescência. A viu no dia de seu casamento.
Ao fim de sua epifania, Carlos, com os olhos cheios de lágrimas, segurava sua obra-prima. Uma canção de amor para sua neta, que na verdade, era a declaração de amor de um pai para sua própria filha.
Ultimamente Carlos andava ensaiando era a sua aposentaria. Trabalhava apenas por encomendas e, ainda assim, escolhia a dedo o que iria fazer. Estava se dando bem no ramo publicitário e já havia emplacado vários jingles de sucesso.
Seu mais recente trabalho, contudo, talvez fosse a encomenda mais difícil que recebeu em toda sua vida musical. Teria que compor uma canção em homenagem a uma criança que prestes a nascer. O bebê em questão era sua primeira neta.
A primogênita de sua filha única já tinha nome "Sophia Leica de Andrade". Carlos não sabia o que o incomodava mais, se o "ph" no nome da menina ou o "de Andrade" vindo do genro e incorporado ao nome da sua própria filha.
Há dias que tentava sem sucesso escrever algo para o bebê. Sua filha e sua esposa já estavam ficando impacientes.
Para Carlos, ainda era muito cedo para sua Narinha ser mãe. Claro, que já estava casada há alguns anos e era uma advogada renomada. Ele que sempre quis ver sua princesinha nos palcos, dividindo a cena… Uma pena, que talento desperdiçado, pensava ele.
E começou a se lembrar de quando faziam duetos juntos. Ele ao violão e ela nos vocais. Foi como assistir ao filme de sua própria vida. Carlos entrou numa espécie de transe. Viu sua linda bebê recém-nascida. Seus primeiros passos, as primeiras palavras, o primeiro tombo de bicicleta, o primeiro coração partido na adolescência. A viu no dia de seu casamento.
Ao fim de sua epifania, Carlos, com os olhos cheios de lágrimas, segurava sua obra-prima. Uma canção de amor para sua neta, que na verdade, era a declaração de amor de um pai para sua própria filha.
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