Pedrinho era um menino esperto, curioso. No auge dos seu 7 anos de idade começava a experimentar a paciência dos adultos e a testar seus limites. Estava levando sua mãe e sua professora à loucura com os palavrões que dizia. Repreende-lo parecia não funcionar mais.
Uma tarde, na casa de sua tia, cada frase do garoto vinha enfeitada por um palavrão. Diante de tantos "nomes feios" a tia do menino teve uma ideia:
– Pedrinho, que tal um jogo? Vamos falar palavrão até cansar. Quem sabe assim você enjoa. As regras são: eu digo um, você diz outro. Não podemos repetir. O primeiro a desistir, perde. Aceita? Você começa.
– Cocô, disse o garoto.
– Bunda.
– Merda.
– Filho duma égua.
– Cu.
– Porra, disse a tia.
Silêncio.
– Vai Pedro, sua vez.
Silencio.
– Cocô, diz ele.
O permitido, afinal, era algo chato. Pedro não se sentia um transgressor de regras. Não era desafiado, nem desafiava ninguém com sua costumeira desobediência. E o menino nem conhecia tantos palavrões assim. Em menos de cinco minutos a brincadeira perdeu a graça.
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